A
culpa não era da comida, e sim da companhia, o que deixava-me ainda mais certa
que meu melhor amigo perderia a cabeça dentro em breve.
Poderia
ter resistido a comida de graça, mas seria uma barbaridade a raça humana e
total desrespeito as pessoas que morrem de fome, seria incapaz de perdoar-me
sempre que minha barriga ronca-se durante todos os dias que ainda restavam em
minha vida. Mas bem que o idiota poderia ser mais comunicativo, não que fosse
ser simpática com ele ou mostrar alguma gratidão por pagar o almoço, mas
poderia ser menos meu pai, traduzindo “Fazer
uma refeição em silencio, sem tirar os olhos de mim, o tempo todo”, ao
menos meu pai só agia dessa forma quando tinha feito algo errado, e por mais
que queira, ainda não tinha feito nada de errado com Ansel, mas tenho ideias,
muitas ideias, algumas incluem comichão.
- Demasiado encantado com a minha
beleza? – Levei a palinha (canudinho-brasil) do milkshake a boca.
- Um pouco!- respondeu sem nem se
importar de disfarçar.
- Todos os americanos são como tu?
- Como assim, como eu?
- Assustadores, arrepiantes, com
comportamentos obsessivos! – Expliquei.
- Não sou nada assim, principalmente
a parte do obsessivo – resmungou.
- És muito obsessivo com a minha
cara – informei-o – Chega a ser muito assustador, até parece que não há nada
mais interessante ao redor.
- E não há! – Exibiu seu sorriso
idiota e seus dentes brancos perfeitamente arrumados em sua boca.
- Tu és aterrorizador! – Confessei –
Com esse sorriso de palhaço de filme de terror, pior ainda – dei mais uma
sugada na palinha.
- Só tratas bem o Theo?
- Nem sempre – coloquei uma batata
frita na boca – Depende do dia – informei-o.
- O que é necessários para “depender
do dia”? – Levou seu copo de Coca-Cola aos lábios.
- Começando, levavas-me a um lugar
mais digno, tipo um restaurante e não uma cadeia de fast food – disse olhando a
volto do lugar.
- Só levo namoradas a restaurantes –
justificou – Italianos de preferência.
- Essa é a tua maneira de
tornares-me tua namorada? – Cruzei os braços e encarei-o.
- Está a resultar?
- São os homens que se conquistam
pelo estômago!
- Não sei se esse é o teu caso –
disse mexendo as duas sobrancelhas de forma estranha.
- Tu precisas de tratamento – voltei
a comer.
- Gosto de ti, Ali!
E
lá vamos nós!
- Precisas seriamente evoluir teu
vocabulário – revirei os olhos e ele riu.
Talvez
pela naturalidade que sua risada sua, ou pelo som que ela produziu, podia até
ser pela maneira que seu rosto se iluminou, por alguma razão que de alguma
forma vinha dele, sorri.
- Uau! – E ele estragou tudo – Uau! – Seus olhos
arregalaram – Esse é o primeiro sorriso que vejo – falou o óbvio.
- E o ultimo se continuas a fazer essa cara! – voltei a
atacar as minhas batatas.
- Ok! – Penetrou seus olhos nos meus – É a coisa mais
linda que já vi – desatei a gargalhar.
- A sério? – Disse entre as gargalhadas – Tu precisas
de aulas, meu amigo – mordi meu hambúrguer continuando a rir levemente.
- Já pertenço a classe dos amigos! – Bateu palmas –
Acho que não preciso de aulas, estou conseguindo o que quero – sorriu e bebeu
sua cola.
- Não querendo magoar-te, sendo sincera isso não me
importa – endireitei-me na cadeira desconfortável – Não somos amigos –
esclareci – “Meu amigo” era só um complemento a frase, deixa-a mais divertida –
olhava para mim como se nada que dissesse fosse importante – E já agora,
explica-me como não és virgem usando “ a coisa mais linda que já vi”?
- Quem disse que não era virgem? – Olhava-me como se
tivesse ofendido.
- Ansel, tu és amigo do Theo – dei-lhe a resposta mais
óbvia para a questão.
- Tu não és virgem? – Apoiou suas mãos na mesa.
- Escalamos para perversidade? – Vinquei uma das
sobrancelhas encarando-o.
- Curiosidade – apoiou a cabeça em suas mãos.
- Theo é meu melhor amigo – respondi-o terminando
minhas batatas.
Seu
sorriso estúpido foi novamente exibido, mas ao invés de irritar-me deixou-me
embaraçada.
- Irei mostrar-te como deixei de ser virgem e como não
tenho que usar as minhas mãos!
- Não faças-me rir muito – avisei – Será traumatizante
borrar-me de mijo diante a ti – ignorei a informação extra que ele forneceu.
- Não prometo nada – disse colocando nossos pratos e
bebidas ao lado – Dá-me as tuas mãos – obedeci-o – Tens que ficar calada! – Disse.
- Isso é fácil!
- Não desvia o olhar – ordenou segurando as minhas
mãos.
- Vais hipnotizar-me, ou coisa assim? – Ri-me de quão
parvo aquilo parecia.
- Fica quieta e olha para os meus olhos – disse levando
uma de minhas mãos até seus lábios.
- Não abuses! – Disse removendo minha mão.
- Cala-te e fica quieta – voltou a segurar minha mão.
- Além de assustador é mandão! – revirei os olhos – típico
psicopata americano!
- Alicia! – Resmungou.
- Ok, ok!
- Obrigada! – Sorriu.
Devia
ter percebido que aquela jogada era mesmo das boas no momento que seus macios e
quentes lábios tocaram nas costas da minha mão, mas como tenho tendências suicidas,
deixei-me levar.
Nota da Autora.
Olá Pessoal!
Como estão?
Obrigada pelos desejos de melhoras, não esta a ser de
todo mal, já que esta a fazer-me escrever muito.
Comentários Respondidos.
Vou colocar a Sinopse das duas próximas curtinhas
para ver a vossa opinião.
Last Step
Ao
fim de 6 anos voltar para o Texas não era o que Camilla desejava, mas a situação
obrigava. Seu pai sabia como doma-la, só bastava uma oportunidade que a punha
em suas mãos. As coisas para ela já não eram as mesmas, suas preocupações e
prioridades tinham mudado, e quando seus pés pisaram sua terra natal, a vida
mostrou-lhe que ela era apenas uma dançarina e que ela iria dançar aquela
coreografia até o passo final.
Amando Amanda
Ela é o bom.
Ele é o mau.
Ela sorria.
Ele apreciava o seu sorriso.
Ela vivia.
Ele a via viver.
Ela não o conhecia.
Ele a queria.
Ela o ignorava
Ele a amava.
Gostaram?
Beijos.
Gostei do capítulo! Que troca de palavras dos dois!
ResponderEliminarGostei do visual também. Desculpa o meu comentário mas dificultava um pouco a minha leitura.
Então o nome dela deve ser sem acento.
Gostei das sinopses :)
Posta logo.
Beijos.
Quê isso? Ainda bem que informaste-me.
EliminarObrigada Beijos
Eu tive a ler os comentários. O meu nome é mesmo com acento. É Alícia e não Alicia. Se for Alicia (sem acento) estamos a falar do verbo aliciar (seduzir) e não de um nome próprio. Às vezes é erro meu não escrever o acento quando escrevo pelo computador/telemóvel (celular). Também não fico chateada se não escreverem o meu nome sem acento desde que usem letra maiúscula para não parecer que estão falando do verbo.
ResponderEliminarQuero ver onde essa conversa vai levar!
Beijos.
Vou fazer uma revisão e corrigir, mas já irei escrever da maneira correta.
EliminarBeijos
essa de beijar a mão já tentaram comigo, as duas vezes tive que me esforçar muito para não rir na cara da pessoa
ResponderEliminarAcho super fofo
EliminarLi o teu comentário e concordo. Se ela continuar assim não vi ficar com ninguém eheh!
ResponderEliminarGostei do que li e das sinopses também.
Posta logo.
Beijos :)
Fico feliz que tenhas gostado :D
EliminarGostei das sinopses! "Amando Amanda" que título! Muito bem pensado. Parabéns!
ResponderEliminarA Alícia não quer apaixonar-se, mas acho que ainda vai acabar por ficar com o Ansel.
Posta logo.
Bjs :)
Muito Obrigada Di :D
EliminarBeijos
Hey
ResponderEliminarGostei desse capítulo, finalmente a Alícia deu alguma chance de aproximação ao Ansel!
Já usaram essa "jogada" de beijar a mão comigo, preciso dizer que fiquei vermelha de vergonha? Kkkk mesmo assim achei fofo, não esperava por aquilo.
Gostei das sinopses!
Amando Amanda .... já estou apaixonada por essa curtinha haha! Gosto muito desse modelo de sinopse, com frases contraditórias.
Posta logo.
Beijos!
Aleluia!
EliminarEu acho super romântico.
Obrigada.
Ainda bem :D
Beijos
Kkk... Alicia mto fria..Kkk..ele só queria agrada-la. Kkkkk
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