Ilka
O silêncio corroía-me, a tensão no
ar sufocava-me. Com certeza existiam centenas de questões travadas em sua
garganta, mas elas não ousavam sair, contudo ele não se ia embora, ele não frustrou-se,
continuou do meu lado, apoiando-me, ajudando-me a continuar.
Só que, eu não era como Louis, eu
precisava de respostas, queria elas pela minha saúde mental.
Tinha os meus joelhos apertados
contra o meu peito com ajuda de meus braços, ainda com os meus cachos pingando
devido ao banho, meus olhos estavam fixos nos fumo que saia da caneca com chá
que Louis tinha preparado para mim.
Na outra ponta do sofá estava ele,
levando de segundos em segundos sua caneca com café e leite a boca, com os
olhos fixos na tê-la da televisão apagada, provavelmente tentando juntar cada
peça do puzzle para poder ver toda a imagem, para poder entender-me.
- Foi no segundo encontro de
orientação – minha voz não parecia a mesma, mais rouca, mais fraca, talvez pelo
voto de silencio que fiz – Ele propôs-me uma parceria que apesar de ter achado
estranha, acreditei que era algo normal entre artistas – abracei-me com mais
força – Ele queria alguém para pousar e eu poder transmitir mais emoções aos
meus quadros, ele disse que eu não as conhecia e que ele me ensinaria – o fumo
continuava a sair pela caneca – Quando ele pediu-me que retira-se as minhas
roupas pela primeira vez, quis correr dali e nunca mais voltar, mas ele de
alguma maneira convenceu-me a ficar, ensinou-me a sentir-me confortável com meu
corpo, confortável com ele – escondi meu rosto entre minhas pernas – Eu sabia o
que estava a fazer, sabia que era algo estranho, mas nunca fiquei tão apavorada
apesar de como ele era autoritário, ou pelas coisas arrepiantes que ele dizia –
virei o meu rosto para a direção que Louis se encontrava e vi-o desviando o
olhar, contemplando a sua caneca – Devia ter percebido quando ele uma vez
dissera-me que despertava algo nele, pensei que melhora-se o seu lado
artístico, deixava-o mais inspirado, senti-me feliz quando ele disse aquilo –
disse aguardando que em algum instante ele olha-se para mim – Se soubesse que
fosse algo diferente, nunca teria concordado – por alguma razão achei que era
necessário que dissesse aquilo.
- Tens a certeza? – Não sei se era
o seu tom de voz, ou até a questão em si. Não sabia exatamente o que responder,
eu não sabia aquela resposta. Talvez porque não tinha a certeza.
- Eu não queria que isso
acontecesse comigo Louis! – Encarei-o, e em horas seus olhos encontraram-se com
os meus, sem fugir, porém estavam vazios.
- Tu devias ter ligado a polícia,
Ilka – informou – Ou contar-me quando fui ter contigo, devias ter feito algo.
- O quê Louis? Diz-me o que eu
devia fazer? Nem sequer fui capaz de lutar, ou de dizer que ele parasse com
aquilo, parasse de magoar-me – senti o meu rosto humedecer naquele instante,
fazendo o rosto de Louis demonstrar emoção – Nem sequer lembro de ter visto, de
teres me trago aqui, até hoje essa parte daquela noite não encontro na minha
mente – falei lembrando-me do que ele me disse no dia seguinte após os
acontecimentos – Eu acreditei que merecia o que ele estava a fazer-me, porque
eu não evitei mesmo quando ele avisou-me ou deu-me sinais que havia algo
errado, eu fui tão responsável quanto ele é! – Sua mão em meu rosto aqueceu meu
corpo todo.
O movimento suave de seu polegar
enxugando as minhas lágrimas, enquanto suportava minha cabeça e explorava meu
rosto com o olhar.
- Pousar para ele não lhe dá a
liberdade de tocar-te – Louis murmurou – Não és responsável de nada, ele
usou-te, ele usou a tua inocência e tu simplesmente acreditaste que ele seria
um bom orientador, teu erro foi confiar nele, somente isso.
- Eu pensei que ele estava morto,
eu pensei que o tinha esfaqueado e do nada estava aqui, tu estavas aqui, estava
em teus braços e na mesma continuava a ver sangue em minhas mãos – baixei o
olhar – Quando ouvi a voz dele aqui dias depois, perguntando por mim, eu fiquei
ainda mais confusa – afastei suas mãos passando minha mão pelos meus cabelos
húmidos – Sempre que o via acontecia o mesmo durante a noite, eu o esfaqueava,
eu sentia-me bem com isso, sentia-me bem por ver o sangue dele, como a pouco
quando ele sangrava, eu gostei muito.
- Tu o queres morto?
- Não, só quero apagar o que ele
fez-me – olhei para Louis – Talvez a única maneira é mata-lo.
Adetomiwa
Os olhos dela denunciavam seus
sentimentos, sua expressão corporal inteira mostrava suas emoções. A vergonha
de mim, a vergonha que ela tinha de mim, por ter-me deixado ceder, por ter deixado
que ela chamava de “meus demônios” dominarem-me. A expressão facial de minha
mãe não estava somente refletida nos espelhos, ela parecia estar em todos os
lugares, em todas as pessoas que eu via, a “vergonha” e “decepção” era
expressada, e até agora eu não entendia porquê, não havia nada errado em amar,
ainda mais do jeito que amava.
“- Tu estas doente, muito doente, meu filho! – Disse passando seus dedos
por minha cabeça.
- Estou apaixonado apenas mãe – mostrei-lhe meu maior sorriso.
- Isso não é paixão Adetomiwa! – Afastou-se de mim para que pudesse
encarar-me melhor – Tu estas possuído, não podias fazer que tu fizeste a essa
menina.
- Mãe, não fiz nada de errado, apenas quis mostrar-lhe o quanto a amava –
sorri mais uma vez.
- Ela não quer ser amada por ti, e tu não devias ter insistido, tu podias
ter feito a ela o mesmo que fizeste com Liane! – Desespero estava refletido em
sua voz, a maneira que olhava para mim, o que seus olhos diziam eram exatamente
o inverso do que ela devia estar a sentir naquele momento. Ela não devia ter
trago Liane à tona.
- Mãe aquilo foi um acidente – disse irritado – Com a Liane foi um
acidente.
- Porque tu queres tanto aquilo que não podes ter?
- Quem disse que não posso tê-la mãe, eu já a tive uma vez.
- Tu a tocaste? – Acenei – Ela quis?”
Ela quis tal como Liane queria,
exatamente como a Ilka quis. Apenas não sabiam, apenas não entendiam. Para as
três aquilo que as dava era desconhecido e isso as assustava. Porem eu não ia deixar
Ilka ir como deixei Liane ir. Ela era minha, ela sabia disso, eu sabia disso e
aquele filho da mãe que não a deixa nenhum instante sozinha também sabia que eu
a tinha marcado, tinha deixado uma marca nela que impossibilitaria ela aceitar
outra pessoa como ela aceitou-me. Ilka só precisava entender que amava-me,
talvez mais do que eu a amo.
E eu a faria feliz. A faria muito
feliz, mas sei que Louis temia-me e isso impedia Ilka de perceber o que ela
sentia, mas não iria permitir que dessa vez perdesse algo que tanto queria.
Meus dias tinham-se tornado chatos,
não tinha incentivo para levantar-me, nem muito menos de sair de minha casa.
Minha casa, e minha aparência estavam com o mesmo aspecto que meu coração tinha.
Cansado derrotado. Precisava dela, necessitava da sua presença, ou de
simplesmente olhar para ela, mas não podia ter isso, a exatamente duas semanas
que não podia ter isso.
Não era a primeira vez que tinha
uma restrição cautelar, mas era a primeira que ela vinha com uma carta da
Reitoria. Estava suspenso por um mês, porém não pelas razões que achei que
estaria. Mas aquilo não tinha nada a ver com Ilka, e sim obra de um intrometido
rapaz que insistia em achar-se de herói, quando tudo que fazia era afastar duas
pessoas que amam-se imenso.
Com um sorriso nos lábios terminei
a segunda garrafa de whisky do dia. Sentia-me satisfeito, entusiasmado, perante
o que estava diante a mim.
A imagem dos cabelos crespos que
caiam a volta do seu rosto, os lábios carnudos, definidos e húmidos levemente
abertos como se convidasse-nos para senti-lo, os seus olhos suavemente rasgados
que espelhavam a sua essência, a alma inocente e atraente, que excitavam-me só
ao lembrar a maneira doce e delicada do seu olhar. A exposição da sua pele
negra, podia sentir-se suas veias pulsando naquela imagem, podia sentir-se o
nervosismo de estar ali, em pé exibindo toda a sua nudez. Seu corpo voluptuoso,
que ansiava ser tocado, ser explorado, ser tomado. Ilka estava ali, enfeitando
o que outrora foi apenas uma tela branca. Mais um quadro, um quadro dela.
Conduzia pelas estradas de Londres
que me levavam até ela, até a mulher que estava desenhada no quadro que estava
no banco traseiro. Não conseguia parar de sorrir, cada vez que me encontra-se
mais de onde a encontrava, cada vez que a nossa distância se diminuía mais
entusiasmado ficava. A ânsia de ver sua reação estava expressa na velocidade em
que fazia o trajeto de minha casa até seu dormitório, naquele final de tarde de
domingo. Queria voltar a apreciar a maneira que ela analisava os quadros que
fazia, o jeito que seu olhos percorriam pelos detalhes da imagem, como mordia
suavemente o seu lábio interior intrigada com algo que o quadro tinha
transmitido, queria ver-lhe sorrir, queria vê-la olhar aos meus olhos e sorrir,
satisfeita com o resultado.
Ansiedade terminou. Excitação
evaporou. A vontade de ver seu sorriso foi derrubada pela vontade ainda mais
intensa de arrancar o sorriso que estava nos seus lábios naquele momento.
Sorriso que ela exibia para ele.
Seus cabelos estavam presos no topo
de sua cabeça, usava umas jeans justas com um ar de que tinham acabado de ser
compradas, seu tronco estava coberto por uma camisola de mangas compridas
brancas, só usava meias e sorria com tanta vontade para o homem que puxava a
sua mão na direção do parque de estacionamento. Ele envergava um traje
semelhante ao dela, apesar de estar calçado, pareciam aqueles casais que
vestiam-se iguais, sorriam um para o outro como dois apaixonados, como se
estivessem felizes.
Mas aquilo não era o pior. O pior
surgiu depois, quando ela tentou separar-se dele, e ele a puxou com mais força,
fazendo os dois corpos esbarrarem-se, os braços dele rodaram sua cintura. E
mais uma vez o sorriso nos lábios delas aumentaram-se quando o nariz dele roçou
no dela, seus finos braços rodaram o pescoço dele, e os lábios se uniram. Não
era escaldante, nem de tirar o fogo. Era um simples toque, uma delicada união,
como se fosse a primeira vez que aqueles lábios se tinham encontrado. Uma
imagem apaixonante e perfeita de um casal. Mas havia um defeito, o grande e
inaceitável defeito, era a Ilka a mulher, mas o homem que tinha ela em seus
braços era Louis e não eu. Um defeito que iria corrigir.
Ilka
Tanto eu como Louis sabíamos que
ele não iria cumprir a sua promessa, de que tudo ficaria bem, mas ele era muito
bom em tentar. Tudo que aconteceu seria algo que faria parte de mim para o
resto da minha vida, mas algo que tinha certeza que desde que Louis estivesse
ao meu lado seria apenas uma má recordação.
Ele conseguiu afastar Professor
Edun sem ser necessário que contasse o que realmente aconteceu, sem que tenha
minha vida a conhecimento publico, não sabia como ele tinha feito aquilo, mas
era extremamente grata por não ter que ver Professor Edun, por não tê-lo por
perto. Já era demasiado lidar com o que tinha acontecido, ter que lidar com o
constante incomodo de sentir-se observado, ter que vê-lo não me permitia ser
forte, nem muito menos fingir. Aquele dia no corredor do meu apartamento eu só
conseguia tremer ao vê-lo diante a mim, não só por medo, mas também pelo fato
que eu sabia que ele estava certo, do que ele disse ser verdade. Apesar de não ter
sido consentido, ele tinha feito amor com meu corpo, ele amou meu corpo. Ele era
doente, e eu era sua doença.
Tinha meus olhos vedados sendo
ajudado por Louis a sair de seu carro. Louis queria surpreender-me, ao menos
era essa desculpa que ele tinha para não deixar-me nem calçar enquanto
arrancava-me do sofá enquanto assistia uma maratona de “The Originals”. Uma surpresa
que o deixava muito entusiasmado.
Não fiz muitas questões, apesar da
curiosidade que mordiscava-me, iria ficar mais ansiosa se ele desse-me
respostas esquivas ou nem sequer me responderia. Fiquei quieta, mordendo meu lábio
inferior, deixando-o conduzir-me para o que me parecia ser um prédio.
- Sabes que eu sei um pouco de kick
boxing, nê? – Impaciente me encontrava por subir tantos lances de escada.
- Só foram três aulas – não
precisava vê-lo para saber que revirava seu olhos, o que me fez sorrir.
- Três aulas muito úteis –
esclareci-lhe.
- Não irei matar-te.
- Nem sequer pensei nisso –
informei-o – Jamais pensaria isso sobre alguém que chama-me a atenção da importância
de cada ser vivo só porque tirei a vida a uma barata – ri-me sentindo que ele já
não encaminhava-me, estávamos parados.
- Elas sobrevivem a tudo,
precisamos dela para sabermos como sobreviver em quaisquer condições de vida –
e lá estava o discurso em defesa de um inseto nojento.
- Vais mostrar-me a surpresa ou
vais continuar teu discurso? – Cruzei os braços impacientes enquanto ouvia um
som como de portas a serem abertas.
- És mais simpática calada – disse um
pouco distante – dos três passos para frente – pediu e fiz – Vira para tua
esquerda – executei o seu pedido.
A luz incomodou um pouco assim que
a venda foi removida, foram apenas alguns segundos de desconforto, segundos
esquecidos no momento que percebi onde estava.
Os espaço todo parecia velho, chão
cimentado, paredes de tijolo, e uma delas coberta com um tela branca e no chão matérias
de pintura, desde rolos de pintura a própria tinta. Andava de um lado ao outro
apreciando aquele lugar, aquele espaço.
Era um estúdio. Um lugar melhor do
que a sala de pintura ou o meu dormitório.
- Tu não estas a dar-me isso, pois
não? – Disse virando-me para o indivíduo que me contemplava com um sorriso
bobo.
- Talvez quando terminar de pagar –
abanou a cabeça de um lado ao outro – Então?
- Uau! Isso é lindo Louis, muito
lindo – falei olhando mais uma vez a minha volta.
- Aqui não teremos horários para
sair – avisou-me – Sempre quis ter um lugar assim, só meu e da minha arte e
quero dividi-lo contigo – disse entrelaçando nossos dedos.
- Obrigada – disse apoiando a
cabeça no seu ombro – Eu vou usufruir dele com muito prazer – disse olhando
para a tela branca que estava a um passo de nós.
A tela que outrora era
completamente branca e agora tinha salpicos avermelhados nela, salpicos que não
tinha entendido de onde tinham surgido, assim como o ruído intenso que se
repetiu por três vezes domou o espaço.
A minha cabeça gradualmente foi
perdendo o apoio, fazendo-me deixar de procurar entender de onde tinham surgido
e salpicos e virar para Louis, que caia diante a mim apoiando as suas mãos no
seu estômago, numa tentativa de estancar o sangue, era dele de onde os salpicos
tinham surgido.
Tudo tão rápido que nem sequer
conseguia processar. As minhas mãos tocaram nas suas fazendo-me sentir a
humidade, fazendo-me perceber que aquilo era real, ele estava magoado. O pânico
tomou-me quando ele tentou dizer algo e somente sangue saia de sua boca, e aí já
não eram só suas mãos que estavam húmidas, o meu rosto também, ele estava a
morrer.
- Louis!- disse passando minha mão
em seu rosto, e um grito frustrado ecoou pelo espaço e vi Professor Edun.
Puxando-me pelo braço embatendo o
meu corpo contra a parede coberta com a tela. Sua mão estava ao redor do meu
pescoço, prendendo-me ali, enjoando-me com o hálito a álcool, não parecia o
mesmo homem, a barba que não parecia ser feita a semanas, assim como também seu
cabelo não era cortado, parecia mais magro e cansado, seus olhos estavam tão
vermelhos que pareciam os salpicos que estavam ao meu lado.
- Tu és tão imunda quanto ela, vocês
são tão semelhante – seu aperto no meu pescoço intensificou deixando-me com
ainda mais dificuldade de respirar – EU AMEI-VOS, AMEI-VOS E VOCÊS QUERIAM
OUTRO HOMEM – disse roçando minha intimidade com algo que tinha em sua mão,
algo duro – VOCÊ É MINHA, MINHA, TAL COMO ELA ERA, LIANE E TU SEMPRE SERÃO
MINHAS SOMENTE MINHAS, NINGUÉM MAIS PODER VOS TOCAR, SEMPRE IREI CERTIFICAR-ME DISSO – sentiu seu corpo que fedia
roçar em mim, seus lábios roçarem no meu.
As lágrimas corriam por meus olhos,
e meus olhos estavam fixos em Louis, que continuava a sujar o chão cimentando
com uma poça de líquido vermelho, e suas mãos continuavam pressionadas sobre o
buraco no seu estômago.
- Porque deixaste ele tocar-te? - Disse
atirando ao chão – Tu és minha e eu amo-te – ele disse levando as mãos a cabeça
fazendo-me ver a arma, o objeto que tinha magoado Louis.
Não queria saber do que ele dizia,
ele não se calava, só ouvia Liane, Tu, Minha e Amo-te enquanto ele andava de um
lugar ao outro sempre repetindo as mesmas palavras, eu queria o Louis.
Gatinhava até o corpo dele imóvel repetindo
para mim mesma, que ele só estava quieto, que aquela poça ao lado dele era só
uma imagem falsa, aquilo tudo era só mais uma falsa realidade que a minha mente
tinha produzido, tal como quando achei que esfaqueava professor Edun, mas
estava esfaqueado a minha almofada. Em qualquer momento Louis iria abraçar-me e
dizer que estava tudo bem, que iria fica tudo bem.
Mas fui arrastada, puxada pelos
meus cabelos para longe de Louis, gritava alto sacudindo-me, dando luto dessa
vez, eu queria tocar em Louis, eu queria ajudar-lhe como ele ajudou-me.
- Fica longe dele sua Puta –
ordenou atirando-me para outro lado do estúdio – Acabou! Já não tens que
servi-lo – agachou-se para que nossos rostos tivessem na mesma altura – Ele já não
ira separar-nos, somos nós os dois agora e sempre, meu amor – sorriu para mim,
tocando delicadamente no meu rosto.
- Eu amo-te Adetomiwa – apoiei a
minha mão na sua, vendo seu sorriso aumentar – Louis não é para mim o que tu és
– sorri para ele – eu amo-te tanto.
O som do metal a tocar no cimento
foi um sinal para me aproximar a ele, e foi o que fiz, uni meus lábios aos
dele, beijei-o como nunca antes tinha beijado Louis, deixei sua língua invadir
minha boca e explora-la, mantive meus olhos fechados e minha mão ágil.
Não pensei duas vezes ao sentir o
metal frio na minha mão, empurrei-o e logo apertei o gatilho na sua direção,
uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, e mais uma vez, e
mais outra vez, continuei a apertar o gatilho mesmo que já via buracos
suficiente nele, continuei a apertar o gatilho mais algumas vezes após o ruído
do tiro já não sair pela arma.
Louis estava pálido, com os olhos
abertos, permitindo-me apreciar mais uma vez seus olhos belos, o tom de avelã
de sua íris que desaparecia aos poucos, até eles ficaram completamente brancos.
Puxei todo seu corpo contra o meu e
abracei-o.
- Já esta tudo bem, tudo já esta
bem!
Nota da Autora
Não tenho muito a dizer nesta nota, porque ainda
falta uma pequena parte.
Foram exatamente 3198 palavras que vocês acabaram de
ler, peço desculpa por todos os erros ortográficos ao longo da curtinha, irei
dar mais atenção a isso de agora em diante.
Foi um capítulo muito complicado de escrever, porque
ele estava na minha mente desde o momento que dei o nome, eu tinha somente esse
final feito na minha cabeça e não sei ainda se fui bem fiel ao que tinha a
mente, e enquanto escrevia ele nâo sentia o que devia sentir, nunca escrevi algo assim, sei lá, foi complicado, espero que tenham gostado.
Lamento por não ter respondido os outros comentários,
somente respondi os da quarta parte.
Fiquem bem. Talvez coloque a parte final ainda hoje.
Beijos.
É um prazer escrever para vocês.
Agora tive a certeza: o professor tem sérios problemas!
ResponderEliminarGostei dessa parte.
Posta logo.
Beijos.
Não encontrei nenhum erro ortográfico. Normalmente também é raro eu encontrar.
ResponderEliminarA Ilka vai ficar com o Louis? Era a melhor opção, na minha opinião.
Beijos.
Ele morreu?! Eu li bem?
ResponderEliminarEu preferia o Louis mesmo :D
Posta logo.
Beijos :)
Estou a ler esta parte enquanto ouço Britney Spears - Everytime, imagina a depressão que eu não tive no final dessa parte.
ResponderEliminarNão imaginava nada assim!
Só espero que a Ilka termine bem com a sua inocência (ou o fim dela).
Espero por novos posts.
Bjs :)
Ela surtou e a única pessoa mentalmente sã da curtinha (Louis) estava no chão a sangrar... a vida cuia -_-...
ResponderEliminarEsse professor ai me arrepia de mais, acho que o que me da mais medo nesse tipo de pessoas nos livros e na tv é que eles existem mesmo, mas não vou negar, psicopatas fazem as historias mais interessantes (ex: a serie eye candy, o assassino ai me faz lembrar muito o professor da curtinha)
btw, eu tive mais que cinco anos de aulas de karate, não iria conseguir lutar por nada na vida, as vezes me pergunto se aprendi mesmo alguma coisa, mas eu tive as aulas :-D
Olá. Comecei a ler esta curtinha no inicio de agosto mas não comentei porque não tinha certeza se iria continuar a ler. Por acaso voltei a encontrar a tua página e retomei a leitura da curtinha e devo dizer UAU!!! Adorei o que li até agora (mais especificamente o 4º e 5º capítulos) pois imaginei algo completamente diferente no início. Parabéns pela linha de história bem conseguida! *thumbs up
ResponderEliminar