A Primeira Dança - Segunda Parte









Segunda Parte


Seus olhos penetraram nos meus antes do primeiro passo. Os castanhos-escuros que estavam em seus olhos fizeram minha mente desligar, e tudo o resto desaparecer. Ali estávamos somente os dois, com passos precisos e suaves, numa valsa iluminada pela lua cheia.


Se meus pés tocavam no chão, não poderia explicar. Parecia que flutuávamos, meu corpo estava leve, minha alma, tudo parecia não ter qualquer peso enquanto ele conduzia-me pela pista improvisada naquele jardim.

As enumeras vezes que participei num recital de balé, ou até mesmo qualquer outra dança que tive era incapaz de competir com aquela. Meu coração batia no meu peito de uma maneira que não podia perceber, e os nossos olhos jamais atreviam dedicar sua atenção a outra coisa.

- Ao menos, essa valsa é mesmo de um conto de fadas – sussurrei no seu ouvido ainda deixando-me ser guiada com tanta leveza e perfeição.

- Não duvides que também tenha saído – informou elevando meus braços até seu pescoço e depositando suas mãos em minha cintura.

- Bailarino? – Entrelacei minhas mãos ao redor de seu pescoço enquanto seus dentes perfeitamente alinhados foram expostos num sorriso que podia fazer-me ter uma paragem cardíaca.

- Simplesmente não tenho dois pés esquerdos, minha dama – elevou ao alto meu corpo girando suavemente no mesmo lugar, fazendo-me sorrir ao sentir o vento no meu rosto e o cheiro das flores – Tens um sorriso lindo – elogiou colocando-me ao chão segurando apenas uma das minhas mãos rodopiando-me, encerrando o passo quando minhas costas encontraram seu tronco, com os braços cruzados por debaixo de meu peitos sentidos os seus dez dedos perfeitamente entrelaçados aos meus.

Minha pele enrugou ao sentir a ponta de seu nariz em meu pescoço. A sua respiração era calma, assim como a noite naquele momento. Deixei meus olhos fecharem-se enquanto balançava-nos de uma lado ao outro girando em passos curtos nossos corpos.

- Galanteador – murmurei sentindo nossas mãos desentrelaçarem-se, suas mãos procuravam uma nova ocupação em meu corpo.

- Estou longe de ser um príncipe, Camilla – virei de modo a encara-lo e suas mãos voltaram a minha cintura e seus olhos castanhos analisavam meu rosto como se quisesse gravar em sua mente a minha imagem.

- Quem tu és? – Deixei escapar a pergunta que martelava em minha cabeça.

- Quem eu sou, é algo a se descobrir – sorriu.

- Misterioso – rodei meus braços em seu pescoço novamente, um sorriso torto domou meus lábios – Cinderella Man, quem és tu?

- Entre teu maior pesadelo, ou o teu sonho mais perfeito – aproximou ainda mais meu corpo mais contra o seu sem deixar de guiar-me ao som de um dos maiores clássicos.

- Nem mesmo o teu nome poderei saber?

- Só é uma palavra minha cara – respondeu – Meu nome não diz nada de quem sou.

- Porém é uma maneira de poder confiar em ti – informei-o.

- Há motivos para não confiares?

- Tu não pertences aqui?

- Tu não desejas pertencer aqui – retorquiu.

- Quanto é que ele está a pagar-te? – Disse com um sorriso frio nos lábios-

Bruscamente meu corpo foi afastado do seu, fazendo um frio alcançar-me provocando tremor em meu corpo.

- Joseph Jonas – respondeu frio, os castanhos ardentes de seus olhos ficaram ainda mais negros que o céu sobre nós.

Seu nome deveria significar algo? Porém nem mesmo os motivos que minha família era a mais rica dos estado de Texas pertencia a minha lista de interesses, muito pelo contrário me importaria com homens que conquistavam milhões na sua tenra idade, meu assunto era artes. E o homem que estava diante a mim, não era alguém do meu mundo. Mas parecia alguém que o queria conquistar, e talvez a melhor ferramenta pudesse ser eu. Camilla Belle a única herdeira do petróleo.

- Camila Belle – disse enfatizando meu sobrenome, numa atitude arrogante, ninguém usar-me-ia para obter algo nessa vida, nem muito menos meu pai seria permitido comportar-se pior que vigarista.

O sorriso que ocupou seu lábios não alcançou seus olhos, era completamente diferente dos que ele tinha oferecido me desde o momento que nossos olhos se encontraram. Não estávamos tão distantes um do outro, mas o passo de distância fez nos estar no interior de uma bolha tomada pelo desconforto e raiva.

- Ele tem feito sempre isto?

- Essa é a tua maneira cautelosa de informares-me as ações dele? – Sentia meu sangue ferver no meu interior. Precisava de uma resposta clara. Precisava de um sim, e a gala e a imagem de meu pai seria destruída.

- Sou apenas funcionário de uma das empresas de seu pai – justificou-se desviando seu olhar de mim – Posso até ter um emprego digno de homens gananciosos e sem escrúpulos, mas fui educado para conquistar minhas metas com esforço próprio – voltou a encarar-me – Não quero somente minha conta bancaria recheada Senhorita Belle, quero reconhecimento.

- Desculpe – lamentei vendo a sinceridade que seus olhos transmitiam sobre suas palavras.

- Não precisas desculpar-te, ao menos não para mim – informou removendo o espaço que nos distanciava, e sim a tu mesma, e derrubar essas barreiras ao teu redor – seus dedos desciam delicadamente sobre meu braço enquanto meus olhos nos dele viajavam – Talvez seja por isso que pensas estar na vida errada – concluiu entrelaçando nossos dedos.

- No meu mundo, deve-se estar atento a tudo, está cheio de homens sem escrúpulos e querendo chegar ao topo a qualquer custo – informei-o.

- Muitos deles são apenas assim nos negócios – explicou.

- Muitos deles ainda não conheceste.

Se ele tivesse crescido neste meio, se conhece-se os segredos que eu conhecia, nunca iria desejar estar nesse mundo.

- Se és melhor que eles! Não te deixes manipular, que te tirem o caráter – pedi.

- Que tal seres tu a garantires que isso não aconteça – sorriu, dessa vez do jeito que fazia meu coração acelerar.

- Primeiro saímos daqui sem questionares – ordenou.

- Não sei se percebeste, mas sou Camilla Belle – disse revirando os olhos.

- Sou vejo uma mulher incrivelmente linda diante a mim – informou.

- Que tem problemas de confiança – acrescentei.

- Pensei que só precisasses saber meu nome – comentou fazendo-me rir.

- Não estás a pensar em pedir uma recompensa? – Segui-o aos fundos do jardim.

- Depois de mostrar-te o meu “mundo” tu é que irás querer recompensar-me.






Nota da Autora


Olá meus amores. Estou tão feliz por ter-vos aqui. Vocês são mesmo especiais. A sério! Muito obrigada e não vos deixarei mais eu prometo. Agora é mesmo até fartarem-se. Então gostaram da melhoria deste capítulo? O próximo será completamente novo.
As minhas adoráveis Ilka e Alicia, se não for um incomodo para vocês agradeceria imenso que fizessem a nova inscrição. Por favor? As perguntas anteriores como podem ter visto eram diferentes e queria retratar mais as vossas personalidades nas novas “Curtinhas” e acho que as novas perguntas fazem isso melhor.
Comentários Respondidos
Mais uma vez obrigada e beijinhos


7 comentários:

  1. "Há motivos para não confiares" hum, não sei, eu acabei de te conhecer, você conseguiu patar numa festa que provavelmente é segura pra caraças, você é bonito e simpático e vem com cara de você-sabe-que-me-quer, talvez, não sei.

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  2. Fiquei uns dias sem aparecer e hoje encontro já duas partes da curtinha de Joemilla :D
    Essa parte em que ela fala "Cinderella Man" fez-me lembrar a música do Eminem com o mesmo nome (sou fã do Eminem).
    Essa troca de palavras entre eles...

    Já coloquei um gosto na tua página :)

    Posta logo!

    Bjs :)

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  3. Entre esses dois ainda acontecerá alguma coisa!
    Desculpa o atraso a comentar. Em Portugal há semana de provas para a semana que vem e esta semana é para estudar.
    Posta logo.

    Beijos.

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  4. Olá! Recebeste tags: http://historiasdasilvia.blogspot.pt/2015/06/50-fatos-sobre-mim-biografia-de-uma.html

    Beijos.

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Obrigada por Comentar
XOXO.

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