Tinha 6 anos no dia em que
conheci Theo, não era a primeira vez que o tinha visto no infantario, porém foi
o início de tudo.
Estava um ano avançado que eu,
porém defendi-o de uma rapariga que gozava com as calças de cor rosa com bolinhas
que ele usava, foi mais usar uma linguagem impropria para uma criança de 6
anos. Desde aquele momento Theo nunca separou-se de mim e não havia nada que
pudesse nos separar, os sentimentos que ele diz ter por mim.
Conhece-a o outro lado da situação
que me encontrava, o lado de que era Theo que dava com os pés a uma rapariga
porque ela simplesmente não entendia a nossa relação. Conheci-a a sensação de
sentir-me um pouco mal pela rapariga, mas isso demorava apenas um minuto,
porque realmente ela levar com os pés era uma questão de tempo e não de Alícia.
Agora, entendo que a sensação de ser descartada por uma amizade.
Incomodava-me, mas quando Ansel
explicou-me foi mais como algo clicou em mim, eu gostava a sério dele, gostava
mais do que antes pelas coisas que ele disse-me, pelo amigo que ele era para
meu Theo.
O que deixava-me mal, era o que
Theo acreditava sentir por mim, o que ele fazia os outros acreditarem que ele
sentia, mas sabia que ele estava enganado, iludido, confuso. Não irei usar o
argumento de que ele é meu melhor amigo antes mesmo de ser capaz de não molhar
a cama sem ter que ser acordado ao meio da noite, ou que conhecia-o melhor que
ele mesmo se conhecia, simplesmente sabia que ele amava-me, porém não do jeito
que ele acreditava que era.
E após um serão vendo filmes
sobre melhores amigos, e blás blás, mas conclusivamente comédias românticas, o único
lugar onde era capaz de encontrar algo que me ajudasse, sabia como provar que
ele estava confuso, e ele iria receber um estalo assim que percebesse o quão
errado estava.
Ao menos era isso que iria tentar
fazer, por isso que tocava a sua campainha as 9 horas de um domingo, porque
precisava defende-lo, não de uma rapariga, mas de sentimentos mal interpretados.
A porta abriu-se diante a mim,
não exatamente pelas duas pessoas que esperava, para uma terceira que também
tinha uma história comigo, uma história que terminou devido cinco minutos de dor
que traumatizaram minha vida sexual.
- Orgia novamente? – Questionei
entrando sem permissão, bem tinha mais poder naquela casa que ele de qualquer
forma.
- Bem que preferia isso do que
ver dois homens lamentando pela rapariga com quem perdi a virgindade – e a
delicadeza de Miles se manifestou – É um tanto agridoce, já que ao menos eu
provei o que eles não e entendo bem o que é levar com os pés pela Alícia
Alessandra – coçou os olhos.
- Não terminei com o Ansel – corrigi-o.
- Como também não disseste que
gostavas dele, então, não há diferença – disse colocando uma mecha solta do meu
cabelo por detrás da orelha – Ele esta terminando o projeto dele – informou.
Sorri para ele, e afastei-me para
concluir a minha missão.
- Tens a mesma opinião que eu,
certo? – Disse virando-me para Miles no meio do caminho.
- Sim – algo que nunca se mudará,
sempre temos o mesmo ponto de vista – Ele está convencido do que te ama.
- Irei resolver isso.
Entrei no seu quarto sem nem
bater, não seria a primeira vez que o faria, e se ele estivesse nu não seria
algo que deixasse-me encabulada. Apenas tinha algo focado na minha mente, e nada
poderia distrair-me.
- Levanta-te – ordenei ganhando a
sua atenção.
- Bom dia ao menos – disse voltando
a analisar os traços que fazia.
- Levanta-te Theo – cruzei os
braços impaciente.
- Que queres? – Falou afastando-se
da mesa, porém manteve-se sentado.
Sua aparência estava quase
parecida com a minha, bolsas por debaixo dos olhos, cabelo completamente
bagunçado e ar completamente cansado. Ambos não tínhamos dormidos, eu
procurando uma solução e ele distraindo-se com algo que precisava de muita concentração.
- Que tal levantares? – Aproximei-me
dele.
Revirando os olhos colocou-se em
pé e cruzou os braços. Sorri com a sua reação, dei um suspiro e fiz algo que
jamais pensei que voltaria a fazer, algo que apenas uma vez tinha feito no
aniversário de 10 anos de Theo, meu presente.
Beijei-o. Um simples beijo,
apenas uni nossas bocas por alguns segundos e afastei-me.
- Ainda amas-me? – Questionei ansiosa.
Os olhos de Theodore pareciam
fogo, estava tenso, estático. Quando abri a boca para voltar a questiona-lo foi
coberta por uma outra boca, o início de um novo beijo, mas nesse não havia nada
de tão simples, nem muito menos breve.
Seus lábios saboreavam os meus
como se fosse a fruta mais doce, sua língua não só dançava com a minha como também
explorava cada centímetro de minha boca, sentia o ar a ir, sentia o calor a
subir e num instante não senti mais nada não havia, mais nada, minha mente
processava todos os momentos que tivemos, e eu sorri, e senti-o sorrir também,
e o beijo terminou.
- Ainda amas-me?
- Claro que sim – disse com seus
braços rodando meu corpo – Demais – beijou a ponta de meu nariz.
- Eu também te amo – encarei-o.
- Desculpa.
- Não faz mal – sorri.
- Não sabia que era assim.
- Nunca irei por ninguém a frente
de nós!
- Nunca mais serei um estúpido –
sorriu.
- Prometes, Chefe de Estado?
- Prometo sim, chefe de Estado.
Estiquei-me, apoiando meu peso na
ponta dos pés e uni mais uma vez os nossos lábios, num selinho e afastei-me
dele.
- Onde vais? – Questionou.
- Corrigir a tua estupidez –
mostrei-lhe a língua.
- Não o tires ainda da Friendzone
– pediu Theo fazendo beicinho.
- Ele nunca lá esteve – expliquei
– Essa zona sempre foi exclusiva para ti.
- Ainda bem que tu pertences a
mesma zona para mim.
Mostrei-lhe o dedo do meio e sai
de seu quarto, dirigindo-me para a porta ao lado da sua que graças a Deus não estava
trancada.
Espera que ele estivesse
dormindo, ou no banheiro, mas ele estava no meio do quarto secando-se, levando
um susto ouvindo meu assobio sedutor e orgulhoso pelos seus atributos.
- Temos um encontro em 3 horas –
falei contendo o riso vendo-o assustado cobrindo seu instrumento com a toalha
verde.
- Alícia pensei que já
conversamos – disse amarrando a toalha na sua cintura.
- E eu estou a dizer que temos um
encontro – apoiei-me na ombreira da porta – E não irás quebrar nenhum Bro Code
ou coisa assim, se não vires única coisa que podes quebrar é a oportunidade de
acontecer algo mais profundo – sorri e fui embora, melhor voltei para o quarto
do meu melhor amigo.
Fim
Nota da Autora
E acabou o Bro Code L
E não respondi os
comentários do cap. Anterior para não dar dicas do final, mas somente a Alícia
sabia o que iria acontecer com ela, lol.
Titulo inspirado pelos comentários da Ilka.
Titulo inspirado pelos comentários da Ilka.
Espero que tenham
gostado.
Fiquem atentos a pág.
do face para saberem da estreia de LAST STEP – Continuação de A Primeira Dança.
Beijos
Ela ficou com os dois?! Esse foi um final em interrogação. Será que não seria preciso uma segunda parte?!
ResponderEliminarFico a aguardar a estreia de Last Step.
Bjs :)
Ela então ficou com o Ansel? Não esperava esse final.
ResponderEliminarGostei muito da curtinha!
Beijos.
Ainda beijou o Theo... acho que depois disso a friendzone deve ter sido assaltada!
ResponderEliminarAdorei esse final! Quer dizer que ela deu uma chance ao Ansel.... que lindo!
Parabéns pela curtinha!
Beijos.
Fiquei com a mesma sensação da Diana, que ela ficou com os dois! Ela beija o Theo e brinca com ele dizendo que ele sempre pertenceu à friendzone, depois ela vai corrigir a estupidez do Theo e acaba por colocar o convite do Ansel ainda vivo ao sair com ele. Dá a entender que o Ansel vai sair com a Alícia e com o Theo.
ResponderEliminarPor momentos pensei que ela ficava com o Theo mas depois mantém o convite do Ansel de pé e fico sem entender o que realmente aconteceu com a amizade da Alícia com o Theo.
Mas diferente da Diana não acho que precise de segunda parte. Ficou mesmo um final surpresa!
E espero que essa curtinha seja nomeada em "As Melhores de 2015" no Críticas de Fanfics e no Reviver Stories. Eu farei os possíveis para isso!
Beijos :)
Hey
ResponderEliminarTive a mesma sensação que a Diana e a Estela, o final ficou confuso. Apesar de eu ter conseguido entender que ela ficou com o Ansel, não gostei muito de como descreveu a situação, desculpe.
Desde o primeiro capítulo eu sabia que ela ficaria com o Ansel, mas torcia pelo Theo kkk
Estou ansiosa pela próxima curtinha.
Beijos!
Me cuia inspirar os outros ;-)
ResponderEliminarEsse final me pôs meio confusa, acho que vou ler uma segunda vez, depois de ler last step